DROGAS: O PERIGO RONDA A ESCOLA

novembro 26, 2009

Os professores do país alertam: cada vez mais, o consumo e até o tráfico de drogas se dão dentro dos rumos da escola. Uma reportagem especial de Veja.com apresenta depoimentos de alunos que revelam como é fácil conseguir as substâncias proibidas. Mostra também as tentativas de reação dos colégios privados e do sistema de ensino público. Outros temas abordados são: Seu filho está envolvido com drogas? Saiba como identificar o problema; Na tentativa de prevenir, as tradicionais palestras antidrogas não funcionam; Na sala de aula, o tráfico virou assunto corriqueiro, conta uma professora.

As informações são da Revista Veja – 25/11/09 -pág.10

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Folha Suplementar, SIM. Precatório, Não!!!

novembro 25, 2009

CPP APELA AO JUDICIÁRIO

Conforme já informamos, o Departamento Jurídico do Centro do Professorado Paulista (CPP) obteve, na justiça, mais uma vitória em favor dos associados aposentados, que receberão um benefício extra referente ao bônus de 2001, pago aos docentes da ativa.

Cerca de 50 mil associados da entidade receberão o bônus, cujo valor está sendo calculado pela Justiça. A Justiça é quem determinará, também, se o pagamento desse bônus será feito através de folha suplementar ou RPV – Requisitório de Pequeno Valor (precatório).

Temendo que estes benefícios acabassem se tornando precatórios, com os desdobramentos que todos nós conhecemos, o Departamento Jurídico do CPP requereu ao Juiz de Direito da 4a Vara da Fazenda Pública de São Paulo, a expedição de Ofício à autoridade impetrada – o Ilustríssimo Senhor Diretor do Departamento de Despesa do Pessoal do Estado (DDPE) determinado o imediato pagamento do Bônus instituído pela Lei Complementar número 909 de 28/12/2001, a todos os servidores aposentados assoaciados do CPP, através de folha suplementar.

O CPP acredita que uma decisão favorável ao pleito da entidade, por parte do magistrado, impedirá que esses servidores tenham que enfrentar a “via crucis” que significa aguardar o pagamento de um precatório, em nosso Estado.


O PROFESSOR PASSOU COLA -REVISTA ÉPOCA

novembro 24, 2009

Reportagem de Ana Aranha – Revista Época-23-11-09- pág. 106

Como as falhas na segurança prejudicaram a avaliação que vale bônus para aqueles que ensinam melhor

O Saresp, sistema de avaliação de matemática, língua portuguesa, história e geografia usado pelo governo do Estado de São Paulo, adotou uma prática inovadora: vincular a nota dos alunos ao salário dos professores. Trata-se do mais ousado programa educacional de remuneração por mérito no Brasil. Desde 2008, as equipes das escolas paulistas cujos alunos alcançam uma nota mínima recebem um bônus salarial no fim do ano. O objetivo é incentivar a meritocracia na educação e premiar as escolas que ensinam melhor seus alunos. O estímulo aos profissionais mais qualificados é um princípio louvável. Na prática, porém, a aplicação da prova tem revelado fragilidades. Época descobriu pelo menos duas denúncias de fraude no Saresp.

Em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, uma inspetora afirma ter visto professores passar cola aos alunos na prova de matemática. Rozenaide Silveira, que trabalha na Escola Estadual Benedito Aparecido Tavares, conta que ouviu um aluno reclamando no corredor. “Ele disse que as professoras estavam ajudando a 8a série C”, afirma Rozenaide. Ela diz ter visto as professoras fazendo contas na lousa e conversando sobre as questões com os alunos. Seu relato foi confirmado por três alunos da turma. “A professora explicou como fazer os cálculos”, diz uma aluna. “Elas iam em cada mesa ajudar”, afirma outra. “Teve uma que eu nem chamei. Ela chegou, virou a página da prova e disse como resolver a questão. A prova estava difícil, acho que só acertei essa. ” Rozenaide diz que avisou a coordenação e foi orientada a fazer “vistas grossas”. Ela registrou tudo em uma carta enviada à diretora.

Pelas regras do Saresp, para evitar fraudes, os professores são proibidos de acompanhar a prova de seus próprios alunos. Um sistema eletrônico distribui os profissionais por escolas diferentes. Mas Época ouviu relatos de falhas nesse sistema. “Foi tudo desorganizado”, diz uma professora da capital. “Quando o aplicador faltava, entrava o professor da escola mesmo.”

Em São José dos Campos, interior de São Paulo, há outra suspeita de fraude. Um professor relatou o possível vazamento de um caderno de questões de língua portuguesa. Ele diz que recebeu o envelope com o lacre violado. “Tinha sido aberto e fechado de novo”, afirma. Ao conferir as provas, notou que faltava um caderno. “Foi destacado do gabarito. A ponta rasgada ainda estava presa no grampo.” Ele diz que avisou a direção da escola e enviou as provas à Secretaria de Educação. Segundo ele, as caixas com as provas, que deveriam estar lacradas, chegaram abertas à escola. A justificativa é que foi preciso verificar os envelopes, pois muitas escolas receberam caixas com provas trocadas. Na escola Lourdes Maria de Camargo, os cadernos de questão vieram grampeados a fichas de resposta que não correspondiam à prova. A escola Leonor Nunes Galvão recebeu, no lugar da prova de português, uma de matemática. A desorganização começou na semana anterior. Na véspera do Saresp, no dia 9, a Secretaria de Educação anunciou que a prova seria adiada por problemas na gráfica.

O secretário estadual da Educação, Paulo Renato Souza, afirma que os casos de fraude serão investigados. “Se o caderno vazado estivesse nos jornais, o exame seria cancelado”, afirma. “Nesse caso, é preciso investigar por onde ele circulou e cancelar nessas áreas.” No caso de Franco da Rocha, ele diz que a escola pode ficar sem nota. O Saresp recebeu R$ 7 milhões do governo do Estado para avaliar 4 milhões de alunos. Para incentivar o bom trabalho dos professores e a meritocracia, a credibilidade de um sistema assim não pode falhar – sob risco de transformar a rede de ensino em escola em fraude.

As informações são da Revista Época -23-11-09-Reportagem Ana Aranha

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COMUNICADO URGENTE/CPP ATRIBUIÇÃO COMPULSÓRIA

novembro 23, 2009

O Centro do Professorado Paulista (CPP) comunica aos seus associados e ao magistério em geral, que se o professor tiver atribuição compulsória de aulas nos termos da Resolução SE 73/2009 e, por motivo de acúmulo de cargo ou função, ou por incompatibilidade  de horário, não tenha condições de ministrá-las, não deve em hipótese alguma assinar desistência das aulas ou classe e muito menos dispensa da função.

O Departamento Jurídicio do CPP estará à disposição dos associados que se vejam nessa situação.


APERTEM O CINTO, O BRASIL DECOLOU!

novembro 18, 2009

Em reportagem de capa a principal revista de economia do mundo, * The Economist, foi categórica: “O Brasil decola”.

A britânica garante que a escolha do Rio para as Olimpíadas de 2016 carimbou o ingresso do nosso País no cenário das principais economias mundiais.

Afirma que,  até 2024, seremos a quinta economia mundial. Diz que somos democráticos, que aqui não há conflitos religiosos nem étnicos, e muito menos vizinhos hostis, como em tantos países invejosos que há por aí, mundo afora. Por isso, apostam em nosso sucesso.

Porém, a renomada publicação alerta para algumas de nossas fraquezas. Expõe os gastos absurdos do governo, os índices irrelevantes de investimentos, os problemas com educação e infraestrutura, a violência e a corrupção. É óbvio que não usa os adjetivos popularmente conhecidos por nós, brasileiros.

Afina, o Brasil decola?

E por que não? Assim que nós, mortais, pagadores de impostos, deixarmos de ignorar a realidade que nos faz transitar em meio a tiroteios, desviando de cadáveres abandonados em carrinhos de supermercado, convivendo com o lixo jogado em represas, rios e nas ruas, já que metade da nossa gente não tem acesso à rede de esgoto.

Decola de verdade?

É claro! Basta que o usuário do Sistema de Saúde Pública sonhe que é ministro num consultório 5 estrelas, enquanto se escora numa parede até despencar num chão imundo, de um hospital cujo padrão é igualmente imundo para, então, se entregar a um previsível e ordinário óbito.

Finalizo com a pergunta: o Brasil, realmente decola?

Lógico! Afinal de contas, as escolas invadidas pela falta de política eduacional, por brasileiros atordoados, sem cidadania e respeito, com a droga imperando, soberana, administrada por ladrões e traficantes, são apenas “casos pontuais”, como insistem as autoridades ao afirmarem que tudo não passa de versões exageradas, irrelevantes num País com tamanha seriedade.

Com fama de celebridade internacional, diz o piloto da nave: – nunca antes na história deste País, vimos o Brasil decolar!

Brasileiras e brasileiros, atenção: apertem o cinto, perigo à vista.

* The Economist – Brazil takes off – O Brasil decola – 12 de novembro de 2009

 


Consciência Negra – O Brasil precisa reconhecer o valor e a força dos seus filhos

novembro 17, 2009

Para um país que visa chegar ao mesmo nível de desenvolvimento dos países de primeiro mundo, com civilidade democrática, começar a olhar a intolerância racial de frente e deixar de maquiar o preconceito, representaria um significado avanço.

No entanto, no Brasil, o preconceito e a desigualdade racial ainda atuam de forma camuflada e subliminar. É um racismo velado, que move, com sarcasmo, a mão da injustiça, apoiado apenas em aparências e empatias.

Impulsionado por uma irracionalidade descabida, o brasileiro ainda surpreende por sua extrema capacidade em deixar, como legado, aos negros e seus descendentes, os mais baixos índices de desenvolvimento humano.

20 de novembro é o dia reservado à Consciência Negra – È o dia em que o anseio por liberdade de Zumbi é lembrado, e o povo brasileiro se levanta para tentar se tornar, de fato, uma nação digna, embasada na força de todas as raças.

Contudo, para chegar lá, precisa encarar, com coragem, a necessidade de se investir na educação como único caminho que o leva às reais oportunidades de inclusão.

Zumbi dos Palmares, o ícone da resistência negra ao escravismo no Brasil, lutou até a sua morte para que a busca pela liberdade fosse muito mais do que um simples capítulo de nossa história.

Morreu para que a democracia se tornasse realidade em nosso país e para que a sociedade brasileira deixasse de ser míope e crescesse ciente do valor incontestável de cada um de seus filhos.

 


AO NOSSO PARCEIRO, UM GRANDE ABRAÇO!

novembro 11, 2009

Notamos que a educação amplia o progresso de uma nação quando a escola pública se torna, de fato, o agente propício a elevar o potencial de cada cidadão a ponto de capacitá-lo a mudar radicalmente a realidade que o cerca.

No âmbito da unidade escolar, a confiança e o esforço permitem que entre nós, profissionais do ensino, tenhamos uma parceria inviolável, cuja união e coragem nos faz perseguir um só objetivo: qualificar o ensino público à altura que a nossa gente merece e precisa.

Para se conseguir sucesso no complexo processo educacional é fundamental que as relações sejam pautadas por meio do respeito mútuo entre professor, alunos e gestores.

Assim, nós, do Centro do Professorado Paulista  (CPP), lutamos incessantemente pela justa valorização de todos os envolvidos nesta empreitada. Por isso, com o mesmo esforço e empenho dividimos nossas responsabilidades com aquele que motiva a equipe a trabalhar com união – que sabe gerir com democracia, que lidera sem impelir, que conduz sem coagir.

Por isso – hoje e sempre – abraçamos fraternalmente este obstinado administrador que faz dos docentes seus perenes parceiros, da escola sua oficina de trabalho, do diálogo a estratégia para se chegar junto aos alunos, pais e comunidade – do seu suor e eficiência, armas eficazes para atingir suas merecidas vitórias.

A todos os Diretores de Escolas, parabéns – especialmente aos parceiros do ensino público paulista.

12 de novembro – Dia do Diretor de Escola

 


MAIS UMA VEZ FOMOS LUDIBRIADOS!

novembro 10, 2009

O PLC 29/2009 transformou-se na Lei Complementar 1097/2009, dia 28 de outubro (Dia do Funcionário Público) – o Diário Oficial publicou a suposta redenção do Magistério Paulista, no entender dos nossos governantes.

Não foi por falta de trabalho e luta das entidades para impedir essa ilegalidade que vai instalar, dentro de nossa classe, a discriminação e condenará os nossos aposentados à exclusão.

Alertamos o Secretário da Educação e não fomos ouvidos, recorremos à Assembleia Legislativa, “a Casa do Povo”, onde deparamos com a surdez de 48 deputados que preferiram obedecer ao Palácio dos Bandeirantes e votar a proposta, que nem sequer apreciaram, pois não passou por nenhuma Comissão Legislativa, na calada da noite.

Resta-nos, agora, o Poder Judiciário, onde buscaremos guarida, esclarecendo o ato ilegal inconteste, pois, a modificação do nosso Plano de Carreira deveria passar por uma avaliação da Comissão Paritária, prevista no art. 25 da LC 836/97.

Com esta festa que o governo está fazendo em toda imprensa sobre a pretensa Valorização do Magistério, ele esconde da população que, nestes dois últimos anos, não corrigiu os salários dos Profissionais da Educação nem mesmo repondo os índices da inflação.

O salário inicial do professor por 30 horas semanais é R$ 981,88 para o PEB I e R$ 1.136,64 para o PEB II (LC 1094/2009). A diferença que sai na imprensa: bônus, gratificações, etc., é pura maquiagem.

Colegas, não olhem as balelas fornecidas aos jornais, olhem sim, para o seu holerite.

E a luta continua. O CPP sempre foi, e continua sendo, a trincheira de defesa da dignidade do professor e da qualidade da Escola Pública.


A REALIDADE DOS FATOS

novembro 5, 2009

A aprovação da Lei 1097/2009 – a Valorização por Mérito, que poderia ter uma comemoração especial proporcionada pelo governo, tem em seu bojo uma realidade completamente contrária que entristece um a um dos que pertencem ao magistério, assim que tomam conhecimento de sua aplicabilidade.

Há anos as entidades insistem na correção da LC 836/97 – sobre o Plano de Carreira – e ainda, na reposição salarial, a fim de que seja devolvido aos Profissionais da Educação, os 27,5% referentes ao poder aquisitivo de 1998. Contudo, opostos às necessidades do magistério, nossos governantes aprovam uma lei absurdamente discriminatória aos colegas em atividade, e excludente, por não atender aos aposentados.

Nem os índices inflacionários dos últimos anos nos foram concedidos, já que foram conquistados por todas as categorias de trabalhadores.

Com a aplicação desta lei os salários ficarão congelados num patamar inferior. Se os beneficiados participarão de até 20% de cada categoria, conforme a disponibilidade orçamentária fica a pergunta: e os outros 80% não terão sequer a inflação do ano?

A lei especifica que farão parte até 20% – mas poderá ser determinado 5%, 8%, 10% – dependendo de quem esteja de plantão no Palácio dos Bandeirantes.

Esta realidade poderia ser outra se as entidades fossem ouvidas. Contudo, a intransigência do nosso Secretário de Educação nos levou a recorrer à Assembleia Legislativa, onde tivemos a maior decepção. O PLC 29/09 não passou por nennhuma comissão e sim por três relatores especiais, sendo aprovado na calada da madrugada, em plenário.

Se fosse uma medida que contemplasse todo o magistério, os 48 deputados, escudeiros do governador, teriam votado durante o dia. Ainda assim, 47 + 1 foi o mínimo necessário para aprovação.

Eis os que não atenderam os Profissionais da Educação do Estado de São Paulo:

ALEX MANENTE; ANALICE FERNANDES; BALEIA ROSSI; BRUNO COVAS; CAMILO GAVA; CAMPOS MACHADO; CÁSSIO NAVARRO; CELINO CARDOSO; CELSO GIGLIO; DAVI ZAIA; ED THOMAS; EDMIR CHEDID; EDSON GIRIBONI; ESTEVAM GALVÃO; FERNANDO CAPEZ; GERALDO VINHOLI; GILMACI SANTOS; HÉLIO NISHIMOTO; JOÃO BARBOSA DE CARVALHO; JOÃO CARAMEZ; JONAS DONIZETTE; JORGE CARUSO; JOSÉ AUGUSTO; JOSÉ BITTENCOURT; LUCIANO BATISTA; MARCO PORTA; MARIA LUCIA AMARY; MAURO BRAGATO; MILTON FLÁVIO; MILTON LEITE FILHO; MOZART RUSSOMANO; OTONIEL LIMA; PAULO BARBOSA; PEDRO TOBIAS; REINALDO ALGUZ; ROBERTO MASSAFERA; ROBERTO MORAES; RODOLFO COSTA SILVA; ROGÉRIO NOGUEIRA; ROQUE BARBIERI; SAID MOURAD; SAMUEL MOREIRA; UEBE REZECK; VANESSA DAMO; VAZ DE LIMA; VINÍCIUS CAMARINHA; VITOR SAPIENZA  e WALDIR AGNELLO.

Resta-nos o poder Judiciário para recorrer pela sua ilegalidade, pois não obedeceu os preceitos da LC 836/97 – em seu art. 25. O medo os impediu de enfretar a Comissão Paritária, pois assim não teriam como evitar a presença das Entidades do Magistério.


Magistério lança Revista Educação e Cidadania na Assembleia

novembro 3, 2009

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA -4-11-09-pág.9

Lançada Revista Educação e Cidadania com presença de educadores

Foi realizado nesta terça-feira, 3/11, o lançamento da Revista Educação e Cidadania, editada pelo conjunto de entidades de classe do Magistério Público Estadual de São Paulo.

Estiveram presentes  representantes do Centro do Professorado Paulista (CPP),   Sindicato de Supervisores do Ensino Magistério Oficial do Estado de São Paulo (Apase), Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp),  Unicamp,  Fórum em Defesa da Escola Pública e Fórum das Seis.

O professor José Maria Cancelliero, presidente do CPP, destacou a colaboração das entidades que, de acordo com ele, supriu o abandono por parte da secretaria estadual. A revista, segundo ele, é um trabalho que, além de trazer subsídios para os professores, também tem o intuito de “desengavetar” o Plano Estadual de Educação. “Talvez, com ele, tenhamos uma política de estado, e não uma política de governo, como temos hoje”, afirmou.